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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Hoje é Sexta Feira...


Dia de participar de um duelo pela honra de sua amada.

O site cracked.com (muuuuuuuito bom), criou um gráfico (todo mundo adora gráficos) para demonstrar as óbvias vantagens do duelo sobre a resolução jurídica de conflitos.


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Até...

Enquanto o caixão descia, não podia deixar de comentar com meu amigo que ao meu lado acompanhava tenso a solenidade.

"A quantos desses você já veio?", perguntei.

Ele por alguns instantes pareceu não compreender a pergunta, mas antes que eu me explicasse, ele respondeu. "Perdi as contas, mas já foram uns 20... desde que entrei."

Mal acabou de falar, deu um passo à frente em direção à viúva, entrando na fila para cumprimentá-la. Ela, jovem, também policial, chorava copiosamente pela perda. Algo dolorido de se ver e de se lembrar.

Fiquei sozinho, tentando fazer as contas. Antes de ingressar, havia participado de dois, no máximo 3 funerais de amigos mais próximos. Parentes mais velhos eram de praxe, algo esperado, mas jovens são sempre uma surpresa.

Nos últimos 4 anos entretanto, já estou prestes a perder as contas quanto ao número de colegas e amigos de trabalho perdidos. Alguns pelas circunstâncias da profissão, outros por acidentes, mas a constante é que nenhum deles mais do que 3 anos mais velho do que eu.

Faz parte da carreira, disso sabemos desde que entramos, mas não creio que seja algo que pensamos muito. Aqui, funerais são solenidades repetidas com uma frequência assustadora e se acostumar com isso é algo que acontece sem que se perceba. Torna-se quase mecânico lamentar por um companheiro em um instante e superar a perda, ignorando a possibilidade de que ocorra o mesmo conosco.

Mas foi impossível diante daquela conversa e diante da mãe de meu colega, que lamentava enterrar um filho, imaginar a quantos funerais estaria do meu próprio.

As possibilidades se repetem todos os dias. Numa probabilidade maior do que a de um cidadão comum, enfrentamos a imprevisibilidade de uma esquina ou de um beco, a ira e a loucura de um criminoso que não tem diante dele qualquer impedimento para tirar uma vida, ou várias. Até mesmo fora do trabalho, algumas vezes nos vemos impelidos a atuar contra uma injustiça cometida e que pode ter um desdobramento trágico.

Infelizmente as possibilidades são quase infinitas, mas que cada dia vivido seja um dia ganho.

E que eu possa voltar a ignorar essa sutileza do nosso trabalho até o próximo funeral...