domingo, 21 de fevereiro de 2010

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Rui Barbosa)


Dia de revolta. A semana inteira ouvindo casos de sem vergonhice, corrupção e filhadaputisse que instigam no fundo da minha alma (se eu tivesse) um desejo assassino de pegar uma metralhadora e entrar pra história desse país.

Fico imaginando se nossos representantes sequer já foram parte do povo que os elegeu. Não entra na minha cabeça como temos valores tão divergentes entre a sociedade e os legisladores e governantes. Ou somos hipócritas como um todo ou o poder e o dinheiro corrompem mais do que o velho ditado pode imaginar.

Vamos analisar um fato que atingiu com os dois pés no peito qualquer um que tenha um mínimo de apreço pela justiça nessa semana.

Um dos assassinos do menino arrastado por alguns quarteirões em 2007 (o tempo voa) foi liberado pela justiça por estar sofrendo ameaças de morte e por já ter passado os 3 anos (máximo de tempo previsto na eca do ECA) preso.

Acontece que os outros 3 meliantes foram condenados a penas de 39 a 49 ANOS de prisão, enquanto o moleque, por ser menor de idade no tempo dos fatos, não pode ficar nem um décimo desse período trancafiado e, apesar de parecer contrário de psicólogos que afirmam que o infeliz não pode ser solto, ele foi solto com garantia a nova identidade, proteção estatal, renda e auxílio que pessoas que passam a vida inteira ralando por um salário mínimo nem sonham. Cogitou-se ainda no início, que ele tivesse sido enviado para a Suíça, o que foi desmentido depois.

Adivinha de onde vai sair essa grana para manter o marginalzinho (vítima da sociedade?)? De uma ONG que recebe recursos públicos para realizar esse tipo de programa.

Então temos: marginal, assassino, não arrependido = Proteção estatal e todas as garantias constitucionais devidamente respeitados.

Trabalhador, pai de família, honesto = Pagar proteção pro marginal, que é a verdadeira prioridade do Estado.

Que tipo de mensagem coisas desse tipo mandam para a sociedade? Que o crime compensa, que não vale a pena estudar, que não vale a pena trabalhar ou ser honesto.

E os Direitos humanos ganham mais um ponto e mostram que só existem pra bandidos no Brasil.

Que se f...

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